PCP realiza ronda de encontros

Divulgar as conclusões<br>do XX Congresso

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O PCP ini­ciou na manhã de an­te­ontem, 20, na sede na­ci­onal da CGTP-IN, em Lisboa, uma ronda de en­con­tros para di­vulgar as de­ci­sões e ori­en­ta­ções ema­nadas do seu XX Con­gresso, que se re­a­lizou em Al­mada no início do mês. Da In­ter­sin­dical, a de­le­gação co­mu­nista rumou ao Pa­lácio de Belém para uma au­di­ência com o Pre­si­dente da Re­pú­blica. Ontem foi a vez do Bloco de Es­querda, es­tando igual­mente pre­vistas reu­niões se­me­lhantes com o Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» e com o PS.

No que res­peita às con­clu­sões do Con­gresso, o Se­cre­tário-geral do Par­tido afirmou, à saída do en­contro com o Chefe de Es­tado, aquelas que foram as prin­ci­pais ideias trans­mi­tidas: re­la­ti­va­mente à si­tu­ação in­ter­na­ci­onal, a grande in­cer­teza e ins­ta­bi­li­dade exis­tentes e as ame­aças de guerra, li­mi­ta­ções à de­mo­cracia e à so­be­rania que pairam sobre os povos, e a co­e­xis­tência destas re­a­li­dades com efec­tivas pos­si­bi­li­dades de trans­for­ma­ções pro­gres­sistas, sendo a luta dos povos o factor de­ter­mi­nante para ga­rantir avanços no sen­tido po­si­tivo; quanto à si­tu­ação do País, os efeitos da po­lí­tica de di­reita pros­se­guida nas úl­timas dé­cadas e os eixos cen­trais da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que o PCP de­fende. O Se­cre­tário-geral do Par­tido des­tacou três pro­postas fun­da­men­tais dos co­mu­nistas: a re­ne­go­ci­ação da dí­vida, o con­trolo pú­blico da banca e a rup­tura com a sub­missão ao euro.

Au­mento do SMN

Da reu­nião com a CGTP-IN, em que es­teve acom­pa­nhado por Fran­cisco Lopes e Fer­nanda Ma­teus, da Co­missão Po­lí­tica, Je­ró­nimo de Sousa su­bli­nhou a con­ver­gência de pontos de vista entre ambas as or­ga­ni­za­ções no que res­peita ao ne­ces­sário au­mento do sa­lário mí­nimo para 600 euros já em Ja­neiro, à im­por­tância dos avanços al­can­çados no úl­timo ano e ao ca­rácter li­mi­tado da ac­tual so­lução po­lí­tica. A in­su­fi­ci­ente va­lo­ri­zação do sa­lário mí­nimo de­ci­dida pelo Go­verno, de 557 euros, e a sua re­sis­tência em des­blo­quear a con­tra­tação co­lec­tiva.

O di­ri­gente co­mu­nista con­si­derou ainda ina­cei­tável a des­cida de um ponto per­cen­tual na TSU das em­presas como «con­tra­par­tida» para o au­mento do sa­lário mí­nimo, re­al­çando não ser ad­mis­sível que «sejam di­nheiros da Se­gu­rança So­cial a ali­mentar, mais uma vez, o lucro dos pa­trões». Re­co­nhe­cendo que o Go­verno não aceitou a pro­posta do PCP para o au­mento do sa­lário mí­nimo, Je­ró­nimo de Sousa ga­rantiu que o Par­tido irá in­sistir na me­dida, tal como o fez nos úl­timos meses re­la­ti­va­mente às pen­sões: «se a partir de Agosto vai haver o maior au­mento de pen­sões dos úl­timos anos, isso deve-se à per­sis­tência do PCP».

Já o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN, Ar­ménio Carlos (que li­de­rava a de­le­gação cons­ti­tuída ainda pelos mem­bros da Co­missão Exe­cu­tiva João Torres, De­o­linda Ma­chado e José Au­gusto Oli­veira), en­con­trou pa­ra­lelos entre o ac­tual Go­verno e o an­te­rior na in­sis­tência em com­pensar o pa­tro­nato pelo justo e ne­ces­sário au­mento dos sa­lá­rios e, em par­ti­cular, do Sa­lário Mí­nimo Na­ci­onal. «Quando as em­presas têm lu­cros eles são dis­tri­buídos pelos ac­ci­o­nistas. Não se jus­ti­fica agora que sejam os tra­ba­lha­dores e re­for­mados a pagar o au­mento do SMN», re­alçou, con­si­de­rando in­su­fi­ci­ente os 557 euros pro­postos pelo Go­verno.




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